Comércio eletrônico e a redução do ciclo de circulação

No comércio tradicional, para uma determinada mercadoria, o preço de venda e a rotação do capital comercial guardam entre si uma relação inversa: quanto menor for a rotação, maior será o preço de venda. As mercadorias com baixa rotação acumulam custos financeiros (perda de oportunidade) e logísticos (armazenagem, movimentação, obsolescência e avarias).

O canal de vendas não presencial possui características diferenciais que aceleram a rotação de estoque: a inexistência de pontos de venda como depósitos intermediários de mercadorias; pagamento antecipado em relação à entrega da mercadoria, dando ensejo a comprar após ter vendido; a venda precedendo a compra, segundo acordos com fornecedores, com a venda antecipada em relação a lançamentos pré-programados; a venda para entrega futura de lotes de mercadorias com desconto em relação ao preço de mercado; a redução do tempo para tornar a oferta imediatamente disponível à venda através do site; maior facilidade no escoamento de mercadorias devolvidas com defeitos de aparência, mediante sites dedicados a mercadorias neste estado; liquidação do excedente de estoque em datas especialmente dedicadas a grandes descontos (Black Friday[1], Black Night[2]) sem perda de imagem; possibilidade de venda “por atacado” como vantagem em manter estoque centralizado; promoções programadas com limitação do tempo de oferta e franquias eletrônicas cujas vendas referem-se a mercadorias pertencentes e sob controle do franqueador.

Essencialmente, o diferencial mais importante do canal de vendas do comércio eletrônico em relação aos demais é o aumento da rotação de estoque, fator preponderante na composição do capital mercantil. Este novo canal de vendas aparece, em um primeiro momento, como resposta à tendência necessariamente expansionista da produção de mercadorias. Suas características operacionais permitem até que a rotação seja infinitamente pequena. Exemplos: poder vender antes de comprar – neste caso, a mercadoria apenas transita pela esfera da circulação sem permanecer estacionada em depósitos (cross-docking); atender a expansão da diversidade de mercadorias por meio da exposição virtual da oferta; e, facilitar o escoamento de excedentes industriais, retomando a função de regularizar o ciclo de produção industrial, entre tantos outros.

A redução do ciclo de produção e o aumento da diversidade de mercadorias presentes na esfera da produção pressionam a esfera da circulação no sentido de também reduzir o ciclo comercial. No entanto, a tendência natural ao aumento da diversidade da oferta é contraditória: de um lado permite o gerenciamento da rotação média do capital e, noutro, prolonga-o dificultando a realização do estoque.

Nem sempre a redução do ciclo de produção é acompanhada pela redução do ciclo da circulação, constituindo-se num obstáculo para o aumento da produtividade do capital produtivo. Disso resulta a necessidade de artifícios para aumento da demanda, inclusive para reduzir os custos comerciais. Em um caso extremo, a esfera da produção pode assumir parte das funções da circulação. Como será visto mais adiante, mercadorias de grandes marcas que, por várias razões, têm necessidade de alto giro, estimulam a indústria a também vendê-las diretamente ao consumidor, principalmente pelas facilidades fornecidas pela plataforma de vendas do comércio eletrônico.

Em síntese, quanto maior for a rotação de uma determinada mercadoria, menos importante será a função comercial. A redução do tempo de produção industrial juntamente com o uso das técnicas de “puxar ” a produção, tende a enfraquecer as funções comerciais.

Rotação do capital: simbiose entre a rotação comercial e industrial

Quanto mais acelerada for a rotação do capital comercial, mais rápido será o ciclo de reposição e, portanto, mais acelerada poderá ser a rotação do capital produtivo. O comércio eletrônico pode praticar ao extremo a técnica industrial do just in time, visto que o consumidor não leva a mercadoria no ato da compra, reduzindo o nível de estoque em ambas as esferas.

Esta mútua dependência, conjugada com a virtualização do processo de venda e a simplificação das atividades complementares, tais como logística e atendimento ao cliente, estimula certos ramos industriais a aumentar ainda mais sua participação no lucro global, isto é, apropriando-se de uma fatia maior da mais valia por ele gerada, assumindo a venda ao consumidor, tendo a loja virtual como suporte técnico. Em tese, quanto mais intensa for a automação comercial, como poupadora de custos comerciais, maior será a participação do lucro produtivo no lucro global.

Uma das formas de reduzir o capital global é aumentar, ao mesmo tempo, a rotação do capital industrial e comercial. Isto somente pode ser obtido caso a venda ao consumidor preceda a compra da mercadoria pelo comerciante, ou quando o comerciante consiga vender a mercadoria que ainda será produzida. No primeiro caso, o comércio eletrônico, por ter um único ponto de venda com abrangência ilimitada, tem condições de vender sem estoque, automaticamente, disparando um pedido de compra ao fornecedor e considerando que o prazo de entrega ao consumidor seja superior à soma do prazo de entrega do fornecedor e o tempo de trânsito. No segundo caso, também existente no varejo físico, basta somar o prazo de fabricação ao prazo de entrega ao consumidor, em geral, com redução da margem.

O ciclo de produção em determinados ramos industriais passou a ser tão curto que se tornou viável vender antes de produzir e, ainda, permitindo ao cliente customizar a mercadoria que está comprando via Web Store – adaptação da mercadoria ao gosto do consumidor dentro de um conjunto pré-definido de escolhas. Há dois exemplos marcantes: a Xiaomi[3], uma indústria chinesa produtora celulares, e a Dell produtora de desktops e notebooks.

O comércio eletrônico e o desenvolvimento tecnológico

O comércio eletrônico tem aumentado sua participação no comércio global (Gráfico 2). Seu capital tende a ser menor em relação aos demais canais de venda, principalmente pela maior rotação de estoque. Por sua vez, o capital comercial global tende a se reduzir, diminuindo a participação do comércio em geral, no lucro global.

O desenvolvimento tecnológico, diretamente dependente da concorrência entre os capitais individuais, tem reduzido o ciclo de produção, a despeito da ampliação da diversidade da produção. O aumento da diversidade tende a aumentar o nível do estoque médio a ser mantido pelo comércio pelo aumento da dificuldade de previsão das vendas em decorrência da redução do ciclo de vida das mercadorias, aumentando o capital comercial médio.

Neste ambiente, o comércio eletrônico é favorecido pela sua capacidade de realizar as mercadorias em prazos menores que os demais canais. Esta é uma vantagem ainda mais marcante em mercados cujo preço de venda ao consumidor é uniformizado por força da indústria[4] (por exemplo: smartphones, algumas marcas de instrumentos musicais e de notebooks).

O comércio eletrônico cadastra seus clientes e através de suas compras, mantém históricos de compra que o possibilitam conhecer parte de suas preferências, especialmente tratando-se de categorias de consumo regular. Além disso, o comércio eletrônico tem a propriedade de difundir promoções com rapidez inigualável, direcionando-as ao público alvo com maior grau de acerto e com maior abrangência.

Tais qualidades são ideais no aproveitamento de oportunidades decorrentes de excepcionalidades que ocorrem na indústria, tais como excedentes de estoque por erro de previsão de vendas, pressão para o cumprimento do planejamento de vendas, pressões de caixa, antecipação de lançamentos tendo modelos antigos em estoque etc. Em tais circunstâncias, a agilidade do comércio eletrônico, ditada pela sua intensificação tecnológica, consegue acelerar a rotação de estoque da indústria, constituindo-se num exemplo clássico do comércio como agente regulador do processo de produção.

Concluindo, a redução do ciclo da circulação gerada pelo comércio eletrônico opera na mesma direção da redução do ciclo de produção resultante do aumento da produtividade industrial.

O aumento da produtividade industrial e a expansão do consumo

A redução do preço de produção resultante do desenvolvimento das forças produtivas, orientadas à obtenção de lucros extraordinários, implica o aumento do volume de produção a compensar a redução da taxa de lucro, forçando o aumento da variedade, a subutilização e o descarte prematuro das mercadorias e do capital fixo, e, consequentemente, incrementando a esfera da circulação.

Voltando-se tão somente para a possibilidade de lucros extraordinários, o aumento da produtividade (quantidade de mercadorias produzidas por unidade de tempo) reduz continuamente a taxa de utilização do trabalho produtivo. Como consequência, altera a utilização dos bens consumidos e dos meios de produção.

Dinâmica expansionista do capital

Nas formações pré-capitalistas, os produtores eram proprietários dos meios materiais de suas atividades produtivas; o processo produtivo era totalmente integrado (os insumos transformados em produtos finais sem transferências entre diferentes unidades produtivas); a taxa de utilização dos instrumentos de produção era alta (o artesão que detinha o domínio do processo produtivo); os trabalhadores estavam unidos ao processo integral de produção e não exclusivamente a um de seus subprocessos e a produção era subordinada a um consumo regular coincidente com o uso da mercadoria. Desta forma, a economia mantinha-se em permanente estado estacionário: o crescimento da produção era tão somente vegetativo e a capacidade produtiva adequada à demanda. Qualquer excedente seria um desperdício. (MÉSZÁROS, 2002, p. 659)

O modo de produção capitalista transformou a força de trabalho em mercadoria, alienou os meios de produção dos trabalhadores, convertendo-os em capital e orientou a produção para estoque, antecipando-se ao consumo[5].

O contínuo aumento da produtividade do trabalho, como decorrência da maximização da taxa de lucro, libera capital e/ou gera capacidade produtiva ociosa. O capital liberado, por sua própria natureza, tem que ser posto em movimento para sua acumulação, pois “a ubíqua determinação operativa do sistema do capital é, e continuará sendo, o imperativo da lucratividade” (Idem, idem, p. 662) independentemente do que e/ou como produz.

Por imperativo de sua própria reprodução, o capital é incapaz de impor limites à expansão do volume de produção, não há (e nem pode haver) critérios objetivos e socialmente estabelecidos para a determinação das metas de produção e à “adoção universal do valor de troca como princípio orientador prático exclusivo da produção material e intelectual. ” (Idem, idem, p. 659).

A subutilização do capital fixo força a expansão da produção para o crescimento da magnitude do lucro. Tal excedente deve ser realizado na esfera da circulação. Todavia “a relação entre produção e consumo não está assegurada, pois a expansão da produção não está ligada às necessidades humanas, mas ao imperativo abstrato da realização do capital. ” (Idem, idem, p. 667).

No capitalismo avançado, os bens de produção tornaram-se cada vez mais especializados para obtenção de ganhos de escala, ao mesmo tempo, exigindo trabalho humano igualmente especializado para sua operação e controle. Além disso, com a descentralização da produção, os produtos finais passaram a ser resultantes de linhas de montagem de componentes provenientes de diferentes unidades produtivas. A interdependência entre as unidades de produção implica a necessidade de seu funcionamento conjunto contínuo e harmonioso para sempre evitar “disfunções temporárias”, aumentando a criticidade sistêmica originada pela crescente divisão social do trabalho.[6]

Subutilização das mercadorias[7]

Como condição necessária à sustentabilidade de seu desenvolvimento, o capital é obrigado a compensar a contínua redução do tempo de trabalho pela expansão do seu volume de produção, especialmente de bens duráveis. Em outros termos, aumentar a velocidade da circulação (redução do ciclo de reprodução do capital) com o aumento da massa de lucro em função da queda de preço pela crescente produtividade.

Como isso tem se viabilizado considerando as limitações da demanda como a saturação de mercado, escassez de renda? Nas palavras de Mészáros,

o valor de troca em expansão persegue uma estratégia de realização que não só supere as limitações imediatas da demanda flutuante de mercado, mas, ao mesmo tempo, que tenha êxito em se desembaraçar radicalmente dos constrangimentos estruturais do valor de uso como algo subordinado à necessidade e ao consumo real. (Idem, idem, p. 678).

Para o capital, afirma Mészáros, o que importa é que “uma certa quantidade de valor de troca foi realizada através do ato de venda, independentemente de ser ela, na sequência, sujeita a uso constante, a pouco ou nenhum uso” (Idem, idem p. 660).

A expansão da produção tem sido conseguida tendo como base três diretrizes básicas:

a. Redução do ciclo de vida

Ao longo do tempo, a redução do preço de produção tem sido obtida a partir do uso de insumos mais baratos, mudanças na organização do trabalho produtivo[8], automação de atividades produtivas, redução das interrupções do processo de produção, redução de componentes (kits previamente montados por fornecedores), módulos de controle eletrônicos substituindo engenhos mecânicos etc. Tal redução, juntamente com o aumento do volume de produção, tem permitido o acesso de novos contingentes de consumidores a mercadorias até então inacessíveis mas, ao mesmo tempo, tornando-as menos resistentes e, praticamente, sem possibilidade de reparo.

Neste sentido, há uma subutilização do uso dos produtos. Basta um pequeno exercício para esclarecer a relação entre a expansão do consumo e a subutilização das mercadorias: se a taxa de utilização de cada unidade de um determinado bem for 2% do tempo total de uso deste tipo de bem, mantida a demanda, serão necessárias 50 unidades para satisfazer a necessidade total de uso. Caso a taxa de utilização fosse 1%, seriam necessárias 100 unidades![9]De fato, esta tendência de reduzir a taxa de utilização real tem sido precisamente um dos principais meios pelos quais o capital conseguiu atingir seu crescimento verdadeiramente incomensurável no curso do desenvolvimento histórico” (Idem, idem, p. 661).

Então, o que determina a contínua queda da taxa de utilização dos bens? De acordo com Mészáros, o ciclo de compra de várias unidades do mesmo valor de uso terá continuidade “enquanto o decréscimo da taxa de utilização for acompanhado pela expansão do poder aquisitivo da sociedade, cria-se a demanda” (Idem, idem, p. 640) por uma outra unidade: “… a taxa decrescente de utilização dos bens e serviços socialmente produzidos, assim como das forças produtivas e dos instrumentos que devem ser empregados na sua produção, é um corolário desta proporção primária que se altera a favor dos produtos mais duráveis”. (Idem, idem, p. 640).

b. Criação de necessidades e destruição

Os meios usados para tais finalidades têm sido a crescente especialização do uso; o estímulo à exclusividade de uso; a diferenciação de produtos preexistentes (modificações técnicas ou especificações orientadas para o atendimento a diferentes segmentos de mercado); e, a criação de novos produtos derivados do avanço tecnológico (por exemplo, celulares).

Mészáros (2002) enfatiza a reabilitação e legitimação do luxo (ativação do consumo de bens não salariais) como um dos artifícios para escoar o excedente de produção. Este tipo de mercadoria, cuja produção é quase artesanal, de consumo limitado e com distribuição controlada (defesa do prestígio da marca), tem especial importância nos países de capitalismo avançado.

Uma demonstração radical da necessidade de expansão do valor de troca e da insuficiência de sua absorção pelo mercado tem sido a demanda compulsória de artefatos militares, caso clássico em que a oferta cria seu mercado. A realização da produção de armamentos é garantida sem qualquer intermediação da circulação. “Ele [complexo industrial-militar] se apropria e dissipa recursos e fundos de capital excedentes aparentemente ilimitados sem acrescer, absolutamente nada, aos problemas da realização e das pressões competitivas, como necessariamente o faria a expansão do capital orientada para o consumo real. ” (Idem, idem, p. 671).

c. A subutilização do capital

Os bens de produção tornam-se prematuramente obsoletos pela incorporação dos avanços tecnológicos em razão da obsessão dos capitais individuais pela redução do tempo de trabalho necessário. O autor explica:

O fato de que os meios de produção se convertem em capital e como tal devem ser valorizados em uma escala sempre crescente, acarreta o desenvolvimento da tecnologia como uma prática produtiva paradoxalmente auto orientada. Paradoxal no sentido de que é tanto autônoma […] como servilmente subordinada aos ditames orientados pelo lucro da lógica imanente do capital”. (Idem, idem, p. 666).

Na busca de maior produtividade, os meios de produção são modificados ou substituídos, mesmo antes de sua depreciação, assim, “no exato momento em que nasce, é imediatamente proferida a sentença de morte da porção determinada de capital alocada para os meios de produção“, num ciclo auto expansivo (Idem, idem, p. 664). Portanto, o desenvolvimento dos meios de produção não está associado à satisfação das necessidades humanas. Ele se subordina à lógica do lucro. O avanço tecnológico, assim subordinado, torna-se independente de suas consequências, tanto em relação à taxa decrescente de utilização (provocando superprodução), como pelo excesso de capacidade (redução do trabalho vivo). “Como os meios de produção foram convertidos em capital, eles têm que se opor às necessidades humanas se a lógica do capital assim exigir” (Idem, idem, p. 663).

Esta incessante substituição de ativos, crescentemente produtivos, acelera o desenvolvimento econômico com o aumento do produto caracterizado pela subordinação do valor de uso ao valor de troca. O que é vendável é o que deve ser produzido, em outros termos, qualquer mercadoria pode estar constantemente em uso ou nunca ser usada (sem valor de uso), mantendo sua utilidade!

De fato, constata-se que um dos maiores talentos do varejista é comprar o que será rapidamente realizado. Todavia, com a dispensa do ponto de venda como depósito, o varejista eletrônico pode aumentar a variedade da oferta de suas mercadorias, em tese, tendo como limite o espaço de armazenagem e a capacidade de entrega. Como decorrência, a reposição de estoque baseada na experiência comercial tem se tornado insuficiente em razão da profusão de variáveis a serem simultaneamente levadas em conta, forçando que ela seja determinada por algoritmos crescentemente complexos (robotização) e especialmente orientados para determinadas classes de itens de pequeno valor unitário e pouca participação no faturamento mensal. A robotização do ressuprimento de estoque considera o orçamento disponível (planejamento orçamentário, pedidos de compra abertos, estoque físico disponível, comportamento estatístico das vendas, demanda revelada dos clientes, interesse dos consumidores capturado por meio da visitação, entre outros) e distribuição da compra por depósito, considerando a redução do frete na entrega, a capacidade de armazenagem e de recebimento.

Em ramos de capital intensivo, o processo de concentração e centralização do capital, vulgarmente traduzido como “economia de escala”, é outra evidência da tendência decrescente da taxa de utilização do capital, dada a gradual inviabilidade de sobrevivência do pequeno e médio produtor. Após fusões ou incorporações, a nova capacidade produtiva torna-se superior à soma das capacidades das partes devido a sinergias, tais como, centralização das atividades comerciais e administrativas, centralização do planejamento, aumento do poder de compra dos insumos e aumento das campanhas de produção, intensificando a natural geração de capacidade excedente.

Segundo Mészáros (p. 667), outro fator gerador do descarte prematuro do capital fixo é o uso da ciência. O capital orienta as linhas de pesquisa para suas próprias finalidades, desprezando todo o conhecimento que possa se antepor ao seu processo de reprodução. A lógica do capital impõe a inovação em maquinaria poupadora de mão de obra, em insumos mais baratos, em melhoria de métodos e processo objetivando maior lucratividade nas mercadorias.

 

[1]No Brasil, última sexta-feira de novembro, em que as lojas virtuais ofertam mercadorias com descontos durante 24 h, pelo menos.

[2]Ofertas com descontos especiais feitos por iniciativa de uma loja virtual, válidos apenas durante o período noturno de um determinado dia.

[3]Indústria chinesa de smartphones, cujas vendas são exclusivamente realizadas pelo comércio eletrônico. Os clientes reservam a mercadoria, que pode ser customizada e, após uma semana, confirmam a compra, iniciando-se o processo de entrega.

[4]Muito embora, a uniformização de preço de venda possa ser quebrada devido à dificuldade de venda dos distribuidores, repassando a mercadoria a terceiros e dificultando o controle do produtor.

[5]A Amazon, por meio de algoritmos chegou à sofisticação de se antecipar ao desejo de compra do cliente, aproximando a mercadorias do local mais próximo do consumidor que, segundo suas estimativas, ele irá comprar. O Alibaba mantém estoque de mercadorias alfandegadas em Miami à espera de nacionalização assim que o consumidor concluir o pagamento.

[6]Esta integração é característica de longas cadeias de produção, especialmente de bens duráveis

[7]Apresenta-se aqui, uma contra tendência à lei tendencial da queda da taxa de lucro

[8]Trabalho produtivo no sentido dado por Marx, de produção de mercadorias-valor.

[9]A venda de calçados pela internet no Brasil surpreendeu a todos, as estimativas mais otimistas foram largamente superadas assim como o percentual de devoluções (10%, um terço do que ocorre em países europeus)

 

Texto adaptado da dissertação de minha dissertação de mestrado (Comércio Eletrônico, modificações estruturais e funcionais na esfera da circulação”, defendida em março de 2016 na PUC-SP (https://sapientia.pucsp.br/handle/handle/18808).

Bibliografia

MÉSZÁROS, István. “Para além do capital”. Tradução Paulo César Castanheira e Sérgio Lessa São Paulo: Editora Unicamp e Boitempo, 2002.

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